Este folheto resume as potencialidades e limitações do uso de uma abordagem CLTS em meios periurbanos e urbanos. Identifica as acções necessárias para redimensionar a abordagem a maior escala. É um produto de um workshop organizado em Adis Abeba pelo CLTS Knowledge Hub do Institute of Development Studies e pela Plan International Etiópia, de 13 a 15 de Junho de 2016.
Latrinas não melhoradas, básicas e sujas, fecalismo a céu aberto e gestão de fezes sem segurança e higiene representam um sério risco para a saúde humana em vilas e cidades de todo o mundo em desenvolvimento.
Embora as populações rurais tenham uma muito maior percentagem de pessoas que recorrem ao saneamento não melhorado, as altas densidades populacionais, as desigualdades socioeconómicas e as taxas extremamente lentas de acesso a serviços de saneamento geridos com segurança (desde 1990, o número de pessoas com acesso a saneamento melhorado em zonas urbanas diminuiu 3%) vêm aumentar a urgência do desafio em meios urbanos (McGranahan, 2015).
O Saneamento Total Liderado pela Comunidade (CLTS) incentiva as comunidades a decidirem em conjunto a forma de criar um ambiente limpo e higiénico, e a assumirem um papel preponderante na obtenção do estatuto de livre de fecalismo a céu aberto (ODF) no seu meio. O CLTS revelou-se eficaz na resolução dos desafios do saneamento em áreas rurais, mas há um número cada vez maior de exemplos do seu uso em áreas periurbanas e urbanas (Myers 2015, 2016) e, por conseguinte, um conjunto cada vez maior de factos documentados que demonstram a sua aplicabilidade.