Examinando 50 programas que utilizaram mecanismos de apoio, esta rápida análise sublinha a importância dos processos de monitoria, avaliação e divulgação de conhecimentos na criação de uma base factual para facilitar resultados equitativos em matéria de saneamento rural.
Está a haver um enfoque renovado na equidade impulsionado pelo quadro dos Direitos Humanos à Água e ao Saneamento e pelo Objectivo de Desenvolvimento Sustentável 6.2, que sublinham a importância de um saneamento adequado e equitativo para todos. Para garantir resultados equitativos, está a dar-se cada vez mais atenção a mecanismos de apoio suplementares que complementam os processos convencionais de criação de procura, mudança de comportamento, empoderamento da comunidade e acção comunitária.
Embora a ideia de mecanismos suplementares de apoio ao CLTS não seja nova (Papafilippou et al. 2011), tem sido escassa a sua implementação sistemática no CLTS e noutras abordagens de programas de saneamento. O imperativo de mecanismos de apoio também aumentou, dada a constatação que está a surgir de que, nalgumas circunstâncias, se tem comprovado que há maior probabilidade de os agregados familiares desfavorecidos voltarem ao fecalismo a céu aberto ou não chegarem a construir uma latrina de boa qualidade (Cavill et al. 2016; Robinson and Gnilo 2016), donde a necessidade de um meio-termo em que haja um equilíbrio de empoderamento e mudança de comportamento com formas de apoio cuidadosamente aplicadas (Willetts and Powell 2016).
Neste número, usamos uma definição ampla de «apoio» para criar resultados equitativos. Embora muitas vezes nos venham imediatamente à mente os subsídios financeiros e materiais, uma concepção prática mais ampla do apoio precisa de abranger mecanismos de componentes materiais e abordagens com um enfoque não material, a também várias combinações destas duas perspectivas (Myers et al. 2017; ISF-UTS and SNV 2018). Como se refere na Parte 1 desta publicação sobre igualdade e não-discriminação (IGND), tem-se comprovado que os processos de CLTS para alcançar resultados em toda a comunidade nem sempre são sistemáticos, adequados, prolongados ou suficientes para satisfazer as necessidades de grupos desfavorecidos (House et al. 2017).